quinta-feira, 5 de julho de 2012

Lição 1 - Jesus Cristo, o mestre da evangelização


"No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". João 1.1


O maior milagre narrado nas Sagradas Escrituras para mim, infelizmente é um dos que hoje tem sido esquecido em muitos sermões dos pregadores da atualidade. Não são os relatos como da passagem do mar vermelho e da formação do povo de Israel, curas milagrosas e ressurreições de mortos. Nem mesmo o Milagre da profecia bíblica. O maior milagre para mim é o nascimento de Jesus Cristo, o Senhor. As Escrituras afirmam claramente que Jesus Cristo é Deus encarnado. A Palavra encarnação não se encontra na Bíblia, porém esse termo é utilizado para referir-se ao fato de que Jesus era Deus em carne humana. Ou seja: O Deus cuja grandeza é imensurável, que os céus dos céus não podem conter (1 Reis 8.27; Isaías 66.1,2), se fez pequeno, e assumiu a forma humana (Filipenses 2.5-11), de modo milagroso. Falando a respeito disso em seu comentário sobre o prólogo do evangelho de João (1.1-18), D. A. Carson comenta:

“Mas, de forma suprema, o Prólogo resume como a ‘Palavra’, que estava junto com Deus no princípio, entrou na esfera do tempo, da história, da tangibilidade – em outras palavras, como o Filho de Deus foi enviado ao mundo para tornar-se o Jesus da história, de forma que a glória e graça de Deus pudessem ser manifestadas de modo singular e perfeito. O restante do livro não é nada mais que uma ampliação desse tema.”[1]

Esta afirmação de que Jesus Cristo é Deus é importante não apenas na questão da redenção, mas também na própria e maior revelação de Deus para nós, pois como o próprio evangelho de João diz no seu primeiro capítulo, versículo 18: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito que está no seio do Pai, este o fez conhecer”. Em Jesus Cristo, temos a maior revelação da pessoa de Deus para a humanidade. O próprio Jesus afirma: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?

Vejamos então o testemunho da Palavra de Deus a respeito da divindade de Jesus:

No novo testamento as afirmações sobre a divindade de Cristo é bem ampla. Existem alegações bíblicas diretas de que Jesus é Deus:

A.      A palavra Deus (theos) é atribuída a Cristo. Essa palavra no Novo Testamento não é só atribuída a Deus Pai, mas também para Jesus, mostrando ele como criador e sustentador de todas as coisas: João 1.1, João 1.18, João 20.28; Romanos 9.5; Tito 2.13; Hebreus 1.8 citando Salmo 45.6 e 2 Pedro 1.1.

B.      A Palavra Senhor (Kyrios) atribuída a Cristo. Apesar desta palavra ser usada também em sentido respeitoso, ou para designar patrão, em relação a Jesus ela é usada para designar Jesus como criador e mantenedor de todas as coisas, pois esta palavra foi usada para traduzir “Javé” (yhwh) para “Senhor” ou “Jeová”, 6.814 vezes no Antigo Testamento grego, a Septuaginta, usada comumente nos dias de Jesus. (Mateus 3.13 citando Isaías 40.3; Mateus 22.44 citando Salmo 110.1; Lucas 1.43, 2.11; Apocalipse 19.16; e outras).

C.      Culto divino prestado a Cristo. (João 5.23; 13.13; 20.28; Mateus 14.33; Lucas 5.8) e orações são dirigidas para ele (1 Coríntios 1.2; 2 Coríntios 12.8,9; Atos 7.59).

O Uso da Palavra “Logos” em João 1.1:
Existem algumas linhas de pensamento que atribuem o uso da palavra “logos” por João como influência da filosofia grega. Entretanto, entendo que não devemos acreditar que seja esse o objetivo de João nesta afirmação pela própria evidência do evangelho, onde vemos que João sempre se refere ao Antigo testamento como referência de suas afirmações. Lá no Antigo testamento, o “Logos” que quer dizer “Verbo” ou “Palavra” está ligada com a poderosa atividade de Deus na criação (Gênesis 1.3ss; Salmo 33.6), revelação (Jeremias 1.4; Isaías 9.8; Ezequiel 33.7; Amós 3.1,8), libertação (Salmo 107.20; Isaías 55.11).

Se Jesus não é Deus, não pode haver salvação e nem cristianismo, pois as Escrituras claramente mostram que nenhum ser criado, finito, poderia salvar o homem, carregar os pesos dos pecados da humanidade, revelar Deus de forma plena e ser mediador entre Deus Pai e a humanidade. Cristo é Deus. Portanto, podemos confiar no testemunho da escritura que diz: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10.13; Atos 4.12).

Deus abençoe e bons estudos!


[1]: O COMENTÁRIO DE JOÃO, D. A. Carom

Alan Gomes de Sá é evangelista, líder do departamento de evangelismo da ADBrás em Jardim Helena, Itaquerão e frequentador da Escola Bíblica Dominical.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Lição 5 - O sétimo selo e seu conteúdo


Imediatamente antes do Dia do Senhor, quem guardou a fé em Cristo e perseverou até o fim, será arrebatado e não passará pelos horrores da Grande Tribulação. Porém, há dois grupos de cristãos que ainda estarão na terra: os 144 mil escolhidos e aqueles que chegarem à salvação até a abertura do sexto selo (estes, por confessarem o nome de Cristo, serão mortos e imediatamente irão para o céu).

Os 144 mil são judeus convertidos que foram escolhidos para propagar o evangelho durante a Grande Tribulação. Apesar das dificuldades da época, serão protegidos pelo Pai e nenhum mal poderá atingi-los, pois foram designados pelo próprio Deus para tal missão.

É incontestável o fato de serem 144 mil além daqueles que já foram arrebatados antes do juízo divino. Fazem parte das tribos de Israel, 12 mil de cada, como relatado em Apocalipse 7.4-8.

E se há quem pregue, há quem ouça e creia. João viu uma multidão incontável diante do trono, eram os salvos durante a Grande Tribulação (7.13-17). Existem duas razões para não haver um número exato ou mesmo aproximado de pessoas: Primeiro, por que muitos se converteram e, segundo, só Deus sabe quantos serão os salvos. Mais uma vez rebatendo a teoria que apenas os 144 mil que têm a salvação garantida.

A abertura do sétimo selo traz o julgamento definitivo de Deus. Agora não há mais chance de arrependimento; todos os que rejeitaram a graça de Cristo serão alvo da justiça divina. E, ao que parece, é algo além de qualquer expectativa, nem João ousou contar o que aconteceu após a abertura do último selo (8.1).

Após os sete selos vêm sete anjos com uma trombeta cada, as quatro primeiras trazem desastres naturais, ou seja, mudanças que afetam diretamente a natureza e o funcionamento da terra. Porém, de forma tão terrível que eliminará de uma só vez grande parte da vida vegetal e animal do planeta (8.7-12).

As três últimas trombetas anunciam castigos aos serem humanos que, mesmo depois de tudo pelo que passaram, decidiram não aceitar Cristo e seu reino. Qualquer imaginação e comparação que fizermos com os acontecimentos desta época, é mera conjectura, está aquém do que realmente acontecerá.

Satanás, representado pela estrela que cauí do céu, é liberado (9.1) para atormentar os homens. O que mostra o grande poder de Deus, uma vez que até o diabo depende da autorização Dele para agir.

E os castigos ainda não acabaram, nas próximas lições veremos mais daquilo que a Grande Tribulação reserva para Lúcifer, seus anjos e aqueles que escolheram não confessar o nome de Cristo, o Salvador.




Andressa Batista, jornalista, membro da ADBrás em Jardim Helena e frequentadora da Escola Bíblica Dominical.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Lição 4 - O Dia do Senhor


O futuro da igreja de Cristo já está traçado na Bíblia, o qual é viver eternamente na Nova Jerusalém Celestial. O projeto divino da redenção está próximo. Independentemente das nações estarem ou não preparadas, estamos chegando ao fim dos tempos, ou dos séculos.

A Bíblia nos diz que todos os cristãos que morreram (os salvos) ressuscitarão dentre os mortos e os remidos que, no momento do arrebatamento, estiverem vivos serão trasladados (não morrerão). Eles terão seus corpos físicos glorificados e serão arrebatados juntamente com os demais. Todos subirão e encontrarão Jesus numa dimensão celestial, tudo após o toque da poderosa trombeta de Deus (1 Tessalonicenses 4.13-17; 1 Coríntios 15.51,54).

Em João 11.25,26, diz: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá, e todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?”. O arrebatamento da igreja será oculto ao mundo; ninguém verá (1 Tessalonicenses 4.13-18). Então virá o Dia do Senhor, o tempo em que os juízos de Deus serão derramados na terra.

Uma das maiores linhas proféticas encontradas no Antigo e Novo Testamentos é a verdade relacionada ao Dia do Senhor. Scofield¹ diz: “O dia de Jeová (também chamado “aquele dia” e o “grande dia”) é o período prolongado de tempo que se inicia com o retorno do Senhor na sua glória e termina com a destruição dos céus e da terra pelo fogo, preparando novo céu e nova terra (Isaías 65.17-19; 66.22; 2 Pedro 3.13; Apocalipse 21.1)

Ironside¹ comenta o seguinte: “...quando finalmente o dia da graça terminar, o dia do Senhor o sucederá [...]. O dia do Senhor segue (o arrebatamento). Será o tempo em que os juízos de Deus serão derramados sobre a terra. Isso inclui a vinda do Senhor com todos os seus santos para executar o julgamento sobre seus inimigos e tomar posse do Reino... e reinar em justiça por mil anos gloriosos”.

A partir do capítulo 6 de Apocalipse, vemos a abertura do rolo selado com sete selos pelo Filho de Deus. Aqui se encontra o início do desdobramento do plano de juízo de Deus. Os cavaleiros representam quatro forças poderosas que afligem as pessoas: militarismo brutal, guerra e violência, fome e falta de alimentos, morte e inferno.

O primeiro selo representa as tentativas dos homens de estabelecer paz na terra (2 Tessalonicenses 2.3,4). O segundo significa a eliminação da paz na terra, trazendo a guerra. Em seguida, vem o cavaleiro amarelo, que traz a fome resultante da guerra e da devastação. Por último, a representação da morte, que segue o rastro do fracasso humano em estabelecer a paz.

O quinto revela a morte dos santos de Deus por causa de sua fé, bem como o seu apelo por vingança. O penúltimo selo retrata as grandes convulsões que abalarão a terra, uma desordem de proporções cósmicas (2Pedro 3.10; Joel 2.30,31; Isaías 13.9,10). Em Mateus 24.29 e 30 encontramos o ensinamento de Cristo sobre a tribulação e a desordem cósmica que antecederão a vinda do Senhor. Esses selos são o início do juízo de Deus sobre a terra.

Que possamos estar vigilantes, porque a vinda do Senhor é certa e repentina. Como está escrito em 1 Tessalonicenses 5.2: “O dia do Senhor virá como um ladrão de noite”, isto é, incerto e imprevisto. Se quisermos escapar da ira de Deus, devemos permanecer espiritualmente acordados e moralmente alertas e continuar na fé, no amor e na esperança da salvação (Lucas 21.36).



nota (¹): CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Ed Candeia 



Marili Salete Furlan Claro é professora da classe Rosa de Saron e diaconisa na ADBrás em Jardim Helena.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Lição 3 - Os preparativos para o dia do Senhor

"Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer". Apocalipse 4.1




Após preparar a Igreja  para o arrebatamento e levar para Si os que perseveraram até o fim e escutaram o que o “Espírito disse às igrejas” (2.7.11,17,29; 3.6,13,22), Deus chama João para ver o que seria a Grande Tribulação, o período em que o juízo divino estará sobre a terra .

Diferente dos profetas aos quais fora revelado o fim dos tempos, João foi chamado para ver diretamente do céu, ao lado de Deus. Aqui podemos ver uma alusão ao arrebatamento; depois de todos os avisos e oportunidades para a Salvação, no dia em que só o Pai conhece, os verdadeiros cristãos que têm os nomes escritos no Livro da Vida, serão chamados para as moradas celestiais.

Entretanto, antes dos acontecimentos do dia do Senhor, João vislumbra toda a glória que espera os salvos lá no céu. O livro do Apocalipse, bem como passagens e livros que retratam épocas futuras às quais em que foram escritas, está cheio de alegorias; João estava diante de eventos que nunca havia visto antes, utilizando, portanto, comparações como que era conhecido naquele tempo.

As visões descritas por João (de 4.1 até 5.14) mostram o juízo, a glória e a magnitude de Deus. O apóstolo vê, inclusive, o arco-íris, símbolo da aliança feita com Noé em Gênesis 9 (v13).

No capítulo 5, porém, João descreve cenas com imagens comuns aos judeus daquela época. O livro selado, escrito por dentro e por fora é uma alegoria das escrituras das terras de herança dos filhos de Israel; era um tipo de documento usado para vender (ou penhorar) essas terras, que poderiam ser resgatadas por legítimos herdeiros ou por um parente remidor. Uma clara figura de Cristo, que remiu toda a humanidade com sua morte sacrificial.

Nem o anjo mais forte que havia no céu era capaz “de abrir o livro e desatar seus sete selos” (v2). Porém, Cristo, visto como o cordeiro onipotente, onisciente e onipresente e descrito por João como “tendo sido morto” (v6) é o único de quem se pode dizer: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhes os selos, porque foste morto e como teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. (v9,10).

E, assim como todos os anjos e criaturas que estavam no céu celebraram a vitória de Jesus Cristo, é o que os salvos farão logo após o arrebatamento. Antes dos acontecimentos da Grande Tribulação, descritos por João a partir do capítulo 6, que serão estudados na próxima lição.



Andressa Batista, jornalista, membro da ADBrás em Jardim Helena e frequentadora da Escola Bíblica Dominical.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Lição 2 - As sete igrejas da Ásia

Neste domingo, estaremos estudando sobre as sete cartas enviadas às sete igrejas da Ásia.

Em Apocalipse 1.16, João diz: “Tinha na mão direita sete estrelas, e da sua boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes”. A mão direita é o lugar de honra. As sete estrelas são “os anjos das sete igrejas", que mui provavelmente sejam os líderes humanos de cada congregação, ou seja, os pastores. A espada é um símbolo tanto da verdade quanto da severidade da Palavra de Deus (Hebreus 4.12).

O número sete, é associado à inteireza, ao cumprimento e à perfeição. Representa perfeito amor de Deus. A função das cartas é de elogiar, instruir, advertir contra o pecado, corrigir, convidar ao arrependimento, trazer julgamento e promessas aos que vencerem.

Deus sabe das obras de todas. Algumas Deus aceita, outras Ele reprova. As cartas podem se referir a cada igreja ou a cada crente em particular. Elas seguem um padrão comum: Cristo começa com uma declaração sobre si mesmo, continua com uma descrição da igreja e conclui com uma promessa.

ÉFESO – A igreja do amor esquecido – O Senhor começa com elogios. Eram pacientes, rejeitavam o mal, tinham trabalho, testavam os apóstolos e eram perseverantes. Talvez por possuírem um grau avançado de conhecimento, esqueceram-se do primeiro amor: Jesus. E isso o Senhor não iria permitir. Por isso o Senhor a corrige “lembra-te de onde caíste, arrepende-te e volta às primeiras obras”. (Apocalipse 2.5). O julgamento do Senhor é a remoção do candeeiro e a promessa aos que vencerem, o acesso a árvore da vida.

SMIRNA – A igreja mártir e perseguida por sua fé - O elogio que o Senhor tem para essa igreja é que: suportaram o sofrimento e a pobreza. É interessante notar que a igreja de Smirna não recebe queixas, correção e nem julgamento, apenas a promessa: ao que vencer receberá a coroa da vida. A igreja de Smirna não recebeu repreensões, não porque era pobre e perseguida, mas porque era fiel ao Senhor.Que isso nos sirva de lição. O Senhor ainda lhes disse que Satanás lançaria alguns em prisões, mas que eles permanecessem fiéis até o fim, pois assim como Ele foi morto e reviveu, eles também não sofreriam o dano da segunda morte.

PÉRGAMO – uma igreja casada com o mundo – O elogio do Senhor era a fidelidade a Cristo, mesmo em meio ao martírio. Antipas, membro da igreja de Pérgamo, foi o primeiro mártir cristão da Ásia. Conta a tradição, que ele foi assado lentamente até a morte, numa panela de bronze durante o reinado de Domiciano, por demonstrar seu compromisso firme com Jesus Cristo.

As queixas do Senhor era que toleravam a imoralidade, a idolatria e as heresias. A correção era: arrepende-te. O julgamento: pelejarei com a espada da minha boca. A promessa: o maná escondido, uma pedrinha branca e um novo nome.

TIATIRA – uma igreja perseverante, porém tolerante – O Senhor a elogiou por seu serviço, amor, fé e paciência. As suas últimas obras eram mais numerosas que as primeiras. Porém a queixa é que eram tolerantes a Jezabel que ensinava a imoralidade sexual e a idolatria. Cristo não era tão tolerante e pediu que se arrependessem e como não quiseram o Senhor providenciou uma cama de enfermidade, tribulação e morte. A promessa: ao que vencer darei autoridade sobre as nações e a estrela da manhã.

Jezabel tipifica o espírito de independência e rebelião contra Deus, e é um espírito que Deus não tolera. Em Isaías 66.2 diz: “mas o homem para quem olharei é este: o aflito, o abatido de espírito e que treme da minha palavra”.

SARDES – uma igreja sem vida – O elogio: poucos que permaneceram fiéis. A queixa era: morte apesar de terem uma reputação na vida. A igreja de Sardes nos mostra que é preciso ter comunhão constante com o Senhor, a fim de que não vivamos do passado. Não podemos vover do que éramos, do que fazíamos, mas estarmos sempre em uma dinâmica comunhão com Deus, afinal a igreja é um organismo vivo.

A correção era arrepender-se e fortalecer o que restava. O julgamento era a vinda do próprio Cristo e a promessa: ao que vencer será vestido de vestiduras brancas, terão seu nome escrito no Livro da Vida e a confissão do nome diante do Pai.

FILADÉLFIA – uma igreja fraternal e leal – A essa igreja o Senhor não deixou nenhuma correção, nenhuma queixa e nenhum julgamento, apenas elogio e promessas. Era uma igreja pequena, de poucas pessoas, mas chamou a atenção do Senhor porque guardara a sua Palavra. Apocalipse 3.8 “... tendo pouca força, guardaste a minha Palavra...”. v10 “Como guardaste a Palavra da minha paciência...” Esse “guardar” não se restringe a mera observação mas em ação “e não negaste o meu nome”, resultando em uma promessa, “eu também te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre o mundo, para tentar os que habitam na terra”. Haverá também lugar permanente na casa de Deus e um novo nome.

LAODICÉIA – uma igreja morna e orgulhosa – Esta igreja não tem elogios. Perto de Laodicéia tinha águas medicinais (Hierápolis), porém a igreja não oferecia o calor necessário para a cura, nem refrigério para os que se encontravam espiritualmente exaustos. A queixa: sua indiferença, superestimar sua posição diante de Deus, dizendo: de nada tenho falta. A correção do Senhor é que se arrependa e busque as verdadeiras riquezas espirituais. O julgamento: vomitar-te-ei da minha boca. A promessa: ao que vencer sentará no trono com Cristo.

Deus amava aquela igreja. Por reprender e castigar aquele a quem ama, é que Cristo oferece ouro para a nossa pobreza, vestes brancas para a nossa nudez e colírio para os nossos olhos cegos. Cristo promete cear com aquele que abrir a porta para Ele.

Que cada um de nós possa olhar dentro de nós mesmos e ver em qual igreja estamos inseridos. Que o Senhor possa encontrar em nós somente elogios e nos entregar somente promessas.

Deus os abençoe! Bons estudos!



Marili Salete Furlan Claro é professora da classe Rosa de Saron e membro da ADBrás, em Jardim Helena

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Lição 1 - Chaves para a leitura do Apocalipse

"Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelos seu anjo as enviou e as notificou a João seu servo". Apocalipse 1.1



Neste segundo trimestre estudaremos a livro do Apocalipse (que significa Revelação). Muito além do lado histórico, que é importante e será abordado, poderemos ver a questão ispiritual e a forma como aplicar em nossas vidas os ensinos de João, vindos direto de Deus.

Apocalipse foi revelado ao apóstolo quando estava preso na ilha de Patmos, hoje pertencente à Grécia, mas era parte do Império Romano naquele tempo.

Há diversas linhas de estudo sobre este livro da Bíblia. Para os pesquisadores e interessados em escatologia, fica bem mais fácil decidir como acreditar nos escritos; entretanto a lição mais profunda que qualquer um pode aprender é como ver Cristo dentro de Apocalipse, além de aprender a viver como um cristão autêntico para fazer parte do arrebatamento e da segunda vinda do Senhor.





Andressa Batista, jornalista, membro da ADBrás em Jardim Helena e frequentadora da Escola Bíblica Domincal.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Lição 5 - Jacó casa com Raquel

"E Jacó beijou a Raquel, e levantou a sua voz e chorou". Gênesis 29.11


Jacó Sabia quem era o Deus de seus antecedentes, mas ainda não havia tido experiências pessoais com Ele. A partir do momento em que foge de casa, inevitavelmente é a hora de crescer – também espiritualmente.

Esse era o tempo de ganhar maturidade, experiência de vida. Em nossa vida material e espiritual precisamos crescer, ter comunhão pessoal com Deus, deixar de depender dos pais, cônjuge ou algum amigo para irmos a igreja. A salvação é individual e deve partir de cada um de nós querer ter intimidade com o Salvador.

Quando estamos sob a vontade diretiva de Deus, Ele guia todas as áreas de nossas vidas, inclusive nossos sentimentos. Agora o patriarca estava disposto a viver conforme a ordenança do Pai, tornando-se responsável e maduro. O casamento é um indício desse crescimento; para constituir família, o homem e a mulher necessitam de uma mudança de comportamento, um nível mais alto de responsabilidade.

Em Jacó esse sentimento despertou ao ver Raquel pela primeira vez. Com certeza, Deus já trabalhava em seu coração, a esta altura aberto para a vontade suprema do Criador. Embora toda essa mudança não tenha preservado das conseqüências de suas atitudes com Isaque e Esaú.

Rebeca indicou a casa de Labão, seu irmão, em Padã-Harã, para a fuga de seu filho. E, segundo a cultura local, as filhas se casavam por ordem de idade. Jacó não fora informado disto nem mesmo pelo tio, trabalhando durante sete anos antes de casar com Raquel como forma de pagar o dote requerido pela família. Porém, Labão o enganou e no dia do casamento entregou Léia, sua filha mais velha.

Assim sendo, Jacó, que nunca fora chegado ao trabalho pesado, acabou por servir a Labão por mais sete anos, pois amava muito Raquel e não abriu mão de se casar com ela (Gênesis 29.27, 28).

Deus é sábio em suas atitudes e conhece o coração humano. Raquel era estéril e, embora desprezada, Léia foi a progenitora da linhagem do Messias, através da tribo de Judá. Este não era o primogênito, porém foi quem recebeu a herança espiritual da família, à semelhança de seu pai.

Todavia, Deus também é misericordioso e fiel em suas palavras. Para cumprir Sua promessa, Raquel teve dois filhos, José e Benjamim. E com o nascimento dos 12 filhos de Jacó (quatro das concubinas e seis de Léia, que também foi mãe de Diná), vemos o começo da ação diretiva do Criador sobre a vida desse patriarca.

Um passado de erros serve para ser analisado e não repetido. Porém, quando deixamos Deus trabalhar em nossas vidas, o presente e o futuro são de bênçãos e promessas cumpridas.



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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Lição 4 - A fuga de Jacó e a visão da escada

"Deus cumpre o s seus propósitos, mas, se por desobediência, não cumprirmos sua vontade, Ele nos disciplinará". (Revista Jovens e Adultos - dominical - Professor - Ed. Betel, n° 82, pág 21. Verdade Aplicada)


Jacó era um peregrino em fuga. Com a ajuda de sua mãe Rebeca, mais uma vez eles enganam a Isaque e Jacó teve de fugir para Padã-Harã para não ser morto por seu irmão, Esaú.

Deus já o havia escolhido para ser uma grande nação, na promessa que fizera à Rebeca, mas ela quis dar uma “mãozinha” ao Senhor. Temos que aprender a esperar no Senhor e nas suas promessas. O que prometeu não será invalidado. Não precisamos ajudar o Senhor a cumprir suas promessas. No tempo determinado Ele as cumprirá.

E saiu, então, Jacó para casa de seu tio Labão. No meio do caminho sentiu cansaço e resolveu dormir, usando como travesseiro uma pedra. E sonhou.

A visão de Jacó tinha o propósito de certificá-lo do interesse divino a seu respeito. A promessa é agora proferida a Jacó, por Deus mesmo, como o tinha sido a Abraão e a Isaque. Ele não precisaria temer, Deus seria com ele, aonde ele fosse. Na verdade, Jacó precisava de uma transformação. Precisava acreditar que Deus tinha algo com ele e que jamais invalidaria sua promessa.

Quando acordou e percebeu a visão, testemunhou que aquele lugar se tornara a casa de Deus. Começava ali uma nova história para ele.

Esta visão nos ensina que:

-A condescendência da graça divina. Jacó não estava de coração voltado para Deus, mas sim, Deus para Jacó.

- A plena suficiência da graça divina. A presença graciosa do Senhor haveria de acompanhá-lo sempre.

- O objetivo expresso da graça divina ensina a Jacó, que ele ame o Senhor e Lhe preste culto sempre, para que todas as nações viessem a ser abençoadas mediante a semente de Jacó.

Os planos de Deus nunca serão frustrados na vida de um crente. Nem que para cumpri-los o Senhor tenha que discipliná-los. A Bíblia diz: “Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho”.

Bons Estudos!


Marili Salete Furlan Claro é professora da Classe Rosa de Saron e diaconisa na ADBrás em Jardim Helena

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Lição 3 - A trama de Jacó para enganar seu pai

“E foi e tomou-os, e trouxe-os a sua mãe; e sua mãe fez um guisado saboroso, como seu pai gostava”. Gênesis 27.14


Jacó tinha uma promessa divina em sua vida, iria governar sobre seu irmão, mesmo não sendo o primogênito. Rebeca, sua mãe, preferiu agir por conta própria para que a Palavra se cumprisse na vida do filho, não quis esperar o tempo de Deus.

Por causa disso, uma sucessão de acontecimentos negativos sobreveio sobre a família do patriarca Isaque. O primeiro evento está registrado em Gênesis 25, a partir do versículo 29. Jacó se aproveitou de uma fraqueza de Esaú para comprar o direito da primogenitura de seu irmão.

Agora, Jacó e Rebeca tiveram tempo de arquitetar um plano para “ajudar” no cumprimento da promessa. Entretanto, Deus não se deixa escarnecer (Gálatas 6.7), mãe e filho pagaram pelos seus erros. Por enganar Isaque e usurpar a bênção de irmão mais velho, Jacó só obteve ódio da parte de Esaú, tendo que fugir para terras distantes; quanto a Rebeca, seu pagamento seria nunca mais ver o filho que tanto amava nem a promessa cumprida em sua vida.

A falta de comunhão na família de Isaque é evidente. Tanto o patriarca quanto Rebeca e os filhos agiam em benefício próprio, nunca para o bem geral. O pai não comunica a todos sobre a decisão de abençoar Esaú; a mãe por sua vez, escutou escondida toda a conversa e repassa a Jacó que aceita o plano de enganar o pai para ser abençoado como se fosse o primogênito.

Aos mais velhos cabe o serviço de ensinar o amor e a comunhão dentro da família, pois os filhos aprendem diante de exemplos vistos nos pais. Desde a geração de Abraão vemos que o engano faz parte das relações familiares e esteve presente até os tempos de José. No entanto, nenhum dos patriarcas deixou de viver as promessas de Deus. Mesmo que nos distanciarmos das Escrituras, quando nos arrependemos e voltamos a obedecer ao Pai, Ele é fiel e cumpre tudo o que nos prometeu.



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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Lição 2 - Jacó compra a primogenitura de Esaú

"E ninguém seja fornicário, ou profano, como Esaú, que por um manjar vendeu o seu direito de primogenitura". Hebreus 12.16



Quando estudamos na Bíblia a história de Jacó e Esaú, é evidente o assunto primogenitura. A primogenitura, além de trazer o benefício de ter a maior parte da herança do pai, tinha toda a responsabilidade de chefiar a casa, se o pai viesse a falecer. Desde os tempos mais primórdios, o homem era o único que podia trabalhar para sustentar a casa. Vale ainda lembrar que eram acrescentadas várias bênçãos de Deus na vida do primogênito.


Esaú tendo nascido há poucos segundos a frente de Jacó, tinha esse direito. Porém, Esaú abriu mão de sua primogenitura, vende e troca por um prato de lentilhas, justamente por passar a vida inteira sem entender a importância disso para sua vida. Foi nesta fraqueza de Esaú que Jacó decidiu dar uma virada na sua vida, comprando o direito de primogenitura, exigindo isso com juramento da parte do seu irmão.


Sabendo da promessa que Deus havia feito a sua mãe Rebeca, ele preocupava-se com a benção e lutou para conseguir, mesmo que de uma forma não apropriada.


Aplicando isso a nossa vida espiritual, vemos quantas pessoas não valorizam a benção de Deus, e trocam a sua salvação por um momento de prazer ou coisas semelhantes, e quando se arrependem algumas vezes é tarde demais, sofrem com as conseqüências do seu erro.


Não podemos nos iludir com miragem no deserto; devemos tomar o conselho da palavra de Deus: “Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1 João 2.15-16). Aqui estão os três aspectos de tentação humana, a) a concupiscência da carne, b) a concupiscência dos olhos, c) a soberba da vida. Foi por ver e desejar o prato de lentilhas que Esaú desprezou a benção de Deus.


Jesus também passou pelos três aspectos de tentação humana, porém Ele não cedeu (Mateus 4.1-10). Jesus estava preparado, e também nos deixou um alerta em Mateus 26. 41: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”.


Não devemos desprezar os valores espirituais, pois sofreremos grandes consequências se assim fizermos (I Samuel 2.30).




Josael Motta é superintendente da Escola Bíblica Dominical e presbítero na ADBrás, em Jardim Helena.