Neste domingo, estaremos estudando sobre as sete cartas enviadas às sete igrejas da Ásia.
Em Apocalipse 1.16, João diz: “Tinha na mão direita sete estrelas, e da sua boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes”. A mão direita é o lugar de honra. As sete estrelas são “os anjos das sete igrejas", que mui provavelmente sejam os líderes humanos de cada congregação, ou seja, os pastores. A espada é um símbolo tanto da verdade quanto da severidade da Palavra de Deus (Hebreus 4.12).
O número sete, é associado à inteireza, ao cumprimento e à perfeição. Representa perfeito amor de Deus. A função das cartas é de elogiar, instruir, advertir contra o pecado, corrigir, convidar ao arrependimento, trazer julgamento e promessas aos que vencerem.
Deus sabe das obras de todas. Algumas Deus aceita, outras Ele reprova. As cartas podem se referir a cada igreja ou a cada crente em particular. Elas seguem um padrão comum: Cristo começa com uma declaração sobre si mesmo, continua com uma descrição da igreja e conclui com uma promessa.
ÉFESO – A igreja do amor esquecido – O Senhor começa com elogios. Eram pacientes, rejeitavam o mal, tinham trabalho, testavam os apóstolos e eram perseverantes. Talvez por possuírem um grau avançado de conhecimento, esqueceram-se do primeiro amor: Jesus. E isso o Senhor não iria permitir. Por isso o Senhor a corrige “lembra-te de onde caíste, arrepende-te e volta às primeiras obras”. (Apocalipse 2.5). O julgamento do Senhor é a remoção do candeeiro e a promessa aos que vencerem, o acesso a árvore da vida.
SMIRNA – A igreja mártir e perseguida por sua fé - O elogio que o Senhor tem para essa igreja é que: suportaram o sofrimento e a pobreza. É interessante notar que a igreja de Smirna não recebe queixas, correção e nem julgamento, apenas a promessa: ao que vencer receberá a coroa da vida. A igreja de Smirna não recebeu repreensões, não porque era pobre e perseguida, mas porque era fiel ao Senhor.Que isso nos sirva de lição. O Senhor ainda lhes disse que Satanás lançaria alguns em prisões, mas que eles permanecessem fiéis até o fim, pois assim como Ele foi morto e reviveu, eles também não sofreriam o dano da segunda morte.
PÉRGAMO – uma igreja casada com o mundo – O elogio do Senhor era a fidelidade a Cristo, mesmo em meio ao martírio. Antipas, membro da igreja de Pérgamo, foi o primeiro mártir cristão da Ásia. Conta a tradição, que ele foi assado lentamente até a morte, numa panela de bronze durante o reinado de Domiciano, por demonstrar seu compromisso firme com Jesus Cristo.
As queixas do Senhor era que toleravam a imoralidade, a idolatria e as heresias. A correção era: arrepende-te. O julgamento: pelejarei com a espada da minha boca. A promessa: o maná escondido, uma pedrinha branca e um novo nome.
TIATIRA – uma igreja perseverante, porém tolerante – O Senhor a elogiou por seu serviço, amor, fé e paciência. As suas últimas obras eram mais numerosas que as primeiras. Porém a queixa é que eram tolerantes a Jezabel que ensinava a imoralidade sexual e a idolatria. Cristo não era tão tolerante e pediu que se arrependessem e como não quiseram o Senhor providenciou uma cama de enfermidade, tribulação e morte. A promessa: ao que vencer darei autoridade sobre as nações e a estrela da manhã.
Jezabel tipifica o espírito de independência e rebelião contra Deus, e é um espírito que Deus não tolera. Em Isaías 66.2 diz: “mas o homem para quem olharei é este: o aflito, o abatido de espírito e que treme da minha palavra”.
SARDES – uma igreja sem vida – O elogio: poucos que permaneceram fiéis. A queixa era: morte apesar de terem uma reputação na vida. A igreja de Sardes nos mostra que é preciso ter comunhão constante com o Senhor, a fim de que não vivamos do passado. Não podemos vover do que éramos, do que fazíamos, mas estarmos sempre em uma dinâmica comunhão com Deus, afinal a igreja é um organismo vivo.
A correção era arrepender-se e fortalecer o que restava. O julgamento era a vinda do próprio Cristo e a promessa: ao que vencer será vestido de vestiduras brancas, terão seu nome escrito no Livro da Vida e a confissão do nome diante do Pai.
FILADÉLFIA – uma igreja fraternal e leal – A essa igreja o Senhor não deixou nenhuma correção, nenhuma queixa e nenhum julgamento, apenas elogio e promessas. Era uma igreja pequena, de poucas pessoas, mas chamou a atenção do Senhor porque guardara a sua Palavra. Apocalipse 3.8 “... tendo pouca força, guardaste a minha Palavra...”. v10 “Como guardaste a Palavra da minha paciência...” Esse “guardar” não se restringe a mera observação mas em ação “e não negaste o meu nome”, resultando em uma promessa, “eu também te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre o mundo, para tentar os que habitam na terra”. Haverá também lugar permanente na casa de Deus e um novo nome.
LAODICÉIA – uma igreja morna e orgulhosa – Esta igreja não tem elogios. Perto de Laodicéia tinha águas medicinais (Hierápolis), porém a igreja não oferecia o calor necessário para a cura, nem refrigério para os que se encontravam espiritualmente exaustos. A queixa: sua indiferença, superestimar sua posição diante de Deus, dizendo: de nada tenho falta. A correção do Senhor é que se arrependa e busque as verdadeiras riquezas espirituais. O julgamento: vomitar-te-ei da minha boca. A promessa: ao que vencer sentará no trono com Cristo.
Deus amava aquela igreja. Por reprender e castigar aquele a quem ama, é que Cristo oferece ouro para a nossa pobreza, vestes brancas para a nossa nudez e colírio para os nossos olhos cegos. Cristo promete cear com aquele que abrir a porta para Ele.
Que cada um de nós possa olhar dentro de nós mesmos e ver em qual igreja estamos inseridos. Que o Senhor possa encontrar em nós somente elogios e nos entregar somente promessas.
Deus os abençoe! Bons estudos!
Marili Salete Furlan Claro é professora da classe Rosa de Saron e membro da ADBrás, em Jardim Helena
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