segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Subsídios à lição 12 (12408)

Por Maria Ferreira
Professora da Classe Lírio dos Vales


O problema da Competição

Uma das principais raízes da competição é a inveja, que em Provérbios 14.30 é definida como "a podridão dos ossos".

É característica dos seres humanos competirem entre si e lutarem pela autopromoção, porém o individualismo e o estrelismo têm levado muitos ao egoísmo. Alguns inclusive chegam a dizer: "não quero servir de degrau a ninguém".

A solidão não é a ausência de pessoas, mas a ausência de si mesmo (Mt. 26. 36-46). Na solidão devemos seguir o exemplo de Jesus: o Senhor Jesus aproveitava os momentos de solidão para orar ao Pai. Ele se retirava para os desertos e ali orava (Lc. 5.16). Era um exercício espiritual que Lhe dava forças para vencer o dia-a-dia de Seu ministério (Mc. 1.38). Cada momento que temos a sós deve ser aproveitado para nossa edificação espiritual (Sl. 1.2; Fp. 4.8).

O problema da "super" espiritualidade

O apóstolo Paulo enfrentou esse problema na igreja de Corinto.

O homem verdadeiramente espiritual é cheio do Espírito Santo, O qual o possibilita a viver para Deus. Sendo cheio do Espírito Santo, esse crente produz o Fruto do Espírito, do qual fala a Bíblia, e que não vem do esforço humano, mas vem de Deus. O homem espiritual tem a mente de Cristo.

É um erro reduzir Deus a um meio para alcançar um fim desejado. Em tudo devemos agradecer pela intervenção de Deus. O fracasso de um plano deverá levar seu idealizador a reavaliar a estratégia empregada, visando à correção dos erros (Pv. 20.5).

A falta de êxito deve levar o cristão a dar graças a Deus também pelo fato de Ele estar trabalhando em todas as coisas, até mesmo em nossos planos abortivos ou incompletos, a fim de realizar Seus propósitos divinos para o bem (Rm. 8.28; 1Ts. 5.18). Quaisquer resultados, quer sejam plenos de sucesso ou não, devem lembrar aos cristãos que os planos humanos, finitos, só se concretizam se Deus quiser, de acordo com Sua vontade soberana (Tg. 4.15).

A Ceia: celebração, unidade e vida

A Ceia do Senhor é um dos momentos mais sublimes da vida cristã comunitária. Ela foi instituída por Jesus, sendo um dos seus grandes desejos: desejei muito comer convosco esta Páscoa (Lc. 22.15).

A Páscoa, um tipo de Cristo, precisava encerrar-se debaixo da Velha Aliança para que a Ceia, um memorial da Nova Aliança, apontasse para o passado (1Co. 11.24), revelando a cruz onde nossos pecados foram cravados.

A Ceia tornou-se algo de suma importância e é a maior festa espiritual da Igreja. Através dos seus elementos, o Pão e o Vinho, a morte de Cristo é lembrada e o crente é estimulado a prosseguir em comunhão com Deus.

A Cura da Intolerância

Ao primeiro sinal de ruptura, a intolerância surge, rasgando o véu da paz. Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade. (Pv. 16.32) Vencer as inclinações carnais do coração é mais glorioso do que vencer uma batalha. Eis outra importante advertência: devemos ser tardios para a ira, mostrando que o cristão deve agir com ponderação e equilíbrio.

A Cura do Egoísmo

A Igreja é a única sociedade cooperativa no mundo que existe em benefício dos que não são membros. O belo da espiritualidade comunitária é a quebra do espírito exclusivista. O fato de cada um querer ser o centro das atenções é uma atitude inconveniente ao povo de Deus, pois cria um cenário de desordem na Igreja de Cristo.

A cura do isolamento

A espiritualidade cristã vivida em comunidade é aquela que encurta distâncias e vence o abismo alienante do isolamento. Atualmente, as pessoas alimentam um isolamento doentio. Procurar a cura para nosso isolamento é aprender a conviver e tirar lições espirituais proveitosas que as situações vêm a nos proporcionar. O grande momento na vida de Moisés (Ex. 3.12) foi quando ele, solitário no deserto, teve um encontro com o Senhor (Ex. 3.6), o que mudou totalmente sua vida (Ex. 3.10).

A Igreja como exemplo de integridade

Jesus ora por seus discípulos e pede: "não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal". (Jo. 17.15)

Uma igreja sem mensagem é comparada a Aimaás, quando desejou dar a notícia da morte de Absalão a Davi: E disse Joabe: Para que agora correrias tu, meu filho, pois não tens mensagem conveniente? (2Sm. 18.22) Em muitos lugares está faltando uma mensagem conveniente que conscientize a Igreja de um trabalho evangelístico poderoso, em que vidas sejam abençoadas pela Graça de Deus.

A Igreja como exemplo de justiça

A Igreja é chamada a viver a verdadeira justiça. A justiça que a Igreja vive não pode ser uma usina geradora de curas e patologias de uma espiritualidade neurotizante, mas uma justiça com base na graça.

Falsas religiões - inimigas da Igreja

Jesus, em seu tempo, enfrentou as falsas religiões (Mt. 23.2). Elas se proliferavam como ervas daninhas, assemelhando-se ao verdadeiro trigo (Mt. 13.29). Jesus, ao trazer a parábola do grão de mostarda, falou acerca dos falsos ensinos que viriam sobre a Igreja, no simbolismo das aves dos céus (Mt. 13.32).

A Igreja como exemplo de ordem

Nas sociedades desordenadas da atualidade, onde tudo parece estar virado do avesso, onde está a Igreja? Deve possuir o amor? Uma das razões de não estarmos evangelizando eficazmente é a falta de amor pelos perdidos. Jesus nos ensinou como devemos agir: ir até os perdidos (Lc. 15.4), buscá-los com diligência (lc. 15.8), e recebê-los com todo amor (Lc. 15. 20,22). Este é o dever da Igreja!

Conclusão

O Senhor quer nos ensinar a ser um povo unido, uma família de Deus perfeita. Efésios 2.17 diz que Ele evangelizou a paz para os de longe e os de perto, porque Ele é a nossa paz. Porém muitos perderão essa paz, porque formam uma parede de egoísmo e isolamento. Efésios 2.19 diz que o fato de sermos da família de Deus é o maior chamado. A boa convivência é o que aniquila o individualismo e quebra o egoísmo, coisas das quais precisamos nos libertar para podermos adorar.

A lição nos ensina ainda, no tópico 3, que devemos promover relacionamentos que curam:
a-) a intolerância, por meio da aceitação do outro como ele é, para conseguirmos o remédio da graça;
b-) o egoísmo, através do ato de assumirmos que não somos sozinhos e que precisamos nos aproximar dos outros, pois fazemos parte da família de Deus (Ef. 2.10);
c-) o isolamento, que é vencido pela espiritualidade cristã, que encurta as barreiras e faz de nós pessoas boas, cheias de paz e alegria, que admiram seus semelhantes e não somente as paisagens.

Termino meu comentário aqui, pois para entender a lição em sua completude, aconselho que todos leiam a revista.

Deus abençoe a todos e ótimos estudos!

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