quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Comentários à lição 02 (02109)

Conhecendo os propósitos de Deus na história
Por Vanessa Dutra
Secretária Geral da EBD
Na aula passada, nós aprendemos que os propósitos e a vontade de Deus são soberanos.
Na próxima aula, aprenderemos um pouco sobre os propósitos de Deus na História.

Os propósitos de Deus na história

Para orientar nosso pensamento sobre os projetos de Deus para a história humana, esta está divida em períodos chamados dispensações.
Cada dispensação é determinada pelo nível de revelação oferecido por Deus até aquela ocasião da história.

As dispensações são sete:
1-) Inocência – da Criação à Queda. O homem tinha a responsabilidade de obedecer a Deus (Gn. 1.26-28; 2.15-17), porém desobedeceu. A conseqüência foi a maldição e a morte (Gn. 3.7-19).
2-) Consciência – da Queda ao Dilúvio. A responsabilidade do homem era fazer o bem e sacrifícios de sangue (Gn. 3.5,7,22;4.4), porém optou pelo caminho da impiedade (Gn. 6.5,6,11,12). A conseqüência foi o dilúvio (Gn. 6.7,13;7.11-14).
3-) Governo Humano – do Dilúvio a Abraão. O homem deveria se espalhar e multiplicar (Gn. 8.15-9.7), porém não se espalhou (Gn. 11.1-4). A conseqüência foi a confusão de línguas (Gn. 11.5-9).
4-) Promessa – de Abraão a Moisés. A responsabilidade era viver em Canaã (Gn. 12.1-7), porém viveram no Egito (Gn. 12.10; 46.6). A conseqüência foi o cativeiro no Egito (Êx. 1.8-14).
5-) Lei Mosaica – de Moisés à Cruz. A responsabilidade era observar toda a Lei (Êx. 19.3-8), porém quebraram a Lei (2Rs. 17.7-20; Mt. 27.1-25). A conseqüência foi a dispersão mundial de Israel (Dt. 28.63-66; Lc. 21.20-24).
6-) Era da Igreja – do Pentecostes ao Arrebatamento. A responsabilidade é manter a fé em Jesus e uma doutrina pura (Jo. 1.12; Rm. 8.1-4; Ef. 2.8,9), porém existe uma doutrina impura (Jo. 5.39,40; 2Tm. 3.1-7). A conseqüência é que os praticantes das falsas doutrinas são deixados para seguir uma falsa doutrina (2Ts. 2.3; 2Tm. 4.3).
7-) Reino Milenar – O reino literal de mil anos de Jesus Cristo após sua Segunda Vinda. A responsabilidade será obedecer e adorar a Jesus (Is. 11.3-5; Zc. 14.9,16), porém haverá uma rebelião final (Ap. 20.7-9). A conseqüência será Satanás sendo liberto por mais um período de tempo e depois o Inferno eterno (Ap. 20.11-15).

Deus criou o homem, porém o homem pecou. Desde a Queda, Deus já revela Seu plano de redenção para a humanidade. Em Gênesis 3.15, temos na Bíblia a primeira profecia messiânica. Jesus, que viria da semente da mulher, esmagaria a cabeça da serpente, que é Satanás.

Os propósitos de Deus em Israel

Israel é o relógio de Deus para o calendário profético da humanidade. Existe um plano para Israel, um plano para a Igreja e um plano para as nações gentias, mas tudo gira em torno do povo judeu.
O propósito soberano de Deus com relação a Israel está relacionado às Alianças que Deus estabelece com Seu povo.
Deus chamou a Abraão e prometeu fazer dele uma grande nação. A partir de Abraão, Isaque e Jacó, Deus cumpriu a promessa, e escolheu as doze tribos (dos filhos de Jacó) para formarem a nação de Israel e serem Seu povo escolhido.
Porém, devido à desobediência, Israel foi disperso pelo mundo (Dt. 28.49-68). Desde o Antigo Testamento nós vemos Israel sendo invadido por diversas nações. Mas a destruição final de Jerusalém aconteceu em 70 d.C. Desde então, Israel permaneceu disperso pelo mundo, até a criação e reconhecimento pelos outros países do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948 (cf. profetizado em Isaías 66.8,9).
O Juízo de Deus sobre Israel devido à sua desobediência acontecerá durante o período da Grande Tribulação, quando Israel finalmente se voltará para o Senhor.

Os propósitos de Deus na Igreja

Em João 1.11-13 está escrito acerca de Jesus: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”

Jesus, o Messias prometido de Israel, foi rejeitado por Seu povo. Dessa forma, a salvação se estendeu a todos os homens, chegando inclusive a nós, que outrora éramos gentios.

Em Efésios 3.9 o apóstolo Paulo refere-se à Igreja como um mistério que estava oculto em Deus. Porém, esse mistério foi revelado por Jesus (Mateus 16.18).
A Igreja foi inaugurada no Pentecostes (At. 2.1-4). Trata-se do conjunto de pessoas que recebem a Cristo como Seu Salvador e Senhor e passam a fazer parte do Reino de Deus, sendo apenas peregrinos nesta Terra (Hb. 13.12-14). Como Corpo e Noiva de Cristo, a Igreja deve manter uma comunhão plena com Ele, refletindo Sua glória e propagando Sua mensagem (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27; Cl 1.18; Ef. 1.22, 4.15; 5.23-27; 2Co11.2; Ap. 19.7-9; Mt. 5.13-16; Mt. 28.19,20; Mc. 16.15-18).

A Igreja não passará pela Grande Tribulação, e Paulo ensina que, na ocasião do Arrebatamento, aqueles que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, e os que estiverem vivos se encontrarão com eles nos ares (1Ts 4.13-18).

Em que período da história nós estamos?

Estamos na sexta dispensação, a Era da Igreja, ou Dispensação da Graça. Porém esta dispensação já está chegando ao fim. O Arrebatamento da Igreja é iminente, e não existe nada que foi profetizado que precise acontecer antes de Jesus voltar.

Portanto, sigamos o conselho do apóstolo João: “E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele na sua vinda.” (1Jo 2.28).
Até domingo!
Deus vos abençoe!

Nenhum comentário: