terça-feira, 3 de março de 2009

Comentários à lição 10 (10109) - parte A

O Dia da Expiação

Por Ev. Edmilson A. de Araújo
Co-pastor da Assembléia de Deus - Itaquerão
Líder do Grupo de Discipulado e
Professor Convidado da EBD

Expiação: cumprimento de pena, sacrifício.
Objetivo: Expiar quaisquer pecados que ainda não foram expiados e simbolizar a eliminação divina desses pecados, purificando assim a nação por mais um ano.
Ritual: Chorar e afligir suas almas. O sumo sacerdote oferecia um novilho e dois bodes. Um bode para simbolizar a expiação e outro para levar sobre si todas as iniquidades do povo (representa Cristo).
Cristo, o Cordeiro de Deus que expiou todos os nossos pecados, pagando por eles com Sua morte na cruz, levou sobre Si todos eles (Hb. 10.23-26).
A expiação era o grande dia de humilhação nacional entre os filhos de Israel.
A mandeira de observar essa manifestação de dor e arrependimento encontra-se descrita em Levítico 16.
A expiação não foi um pensamento de última hora da parte de Deus. A queda do homem não o apanhou de surpresa, de modo a necessitar de uma rápida providência para remediá-la. Antes da criação do mundo, Deus, que conhece o fim desde o princípio, proveu um meio para a redenção (ajuda ou recurso capaz de salvar. Salvação oferecida por Jesus Cristo na cruz, com ênfase no aspecto de libertação da escravidão do pecado).
Essa verdade é afirmada pelas Escrituras. Jesus é descrito como o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap. 13.8).
O Cordeio pascal era aprisionado vários dias antes de ser sacrificado (Ex. 12.3,6). Da mesma forma, Cristo, o Cordeiro imaculado e incontaminado, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo (1Pe. 1.18-20).
Os sacrifícios do Antigo Testamento eram bons no sentido de terem cumprido um determinado propósito incluído no plano divino, isto é, um meio de graça, de reconciliação do povo com Deus.
A necessidade da expiação é a consequência de dois fatos: a santidade de Deus e a pecaminosidade do homem. A reação da santidade de Deus contra a pecaminosidade do homem é conhecida como Sua ira.
Deus contituiu o homem e o mundo segundo leis específicas, leis que formam o próprio fundamento da personalidade humana, escritos no coração e na natureza do homem. Essas leis unem o homem e seu Criador pelos laços da relação pessoal e constituem a base da responsabilidade humana. O pecado perturba a relação e afasta o homem de Deus.
O sacrifício único do Novo Testamento é melhor. Embora reconhecessem a divina ordenação de sacrifícios de animais, os israelitas esclarecidos certamente compreendiam que esses animais não podiam ser o meio perfeito de expiação.
Havia grande disparidade entre o irracional e irresponsável e o homem feito à imagem de Deus. Era evidente que o animal não constituía sacrifício inteligente e voluntário. Não havia nenhuma comunhão entre o ofertante e a vítima. Era evidente, ainda, que o sacrifício do animal não poderia comparar-se em valor à alma humana, nem tampouco exercer qualquer poder sobre o homem interior. Nada havia no sangue da criatura irracional que efetuasse a redenção espiritual da alma, a qual somente seria possível pela oferta duma vida humana perfeita. O escritor inspirado externou o que certamente foi a conclusão à qual chegaram muitos crentes no Antigo Testamento, quando disse: "Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados" (Hb. 10.4).
Quando muito, os sacrifícios eram apenas meios temporários e imperfeitos de cobrir o pecado até que viesse uma redenção mais perfeita. A Lei levou o povo à convicção dos pecados (Rm. 3.20), e os sacrifícios tornaram inoperantes esses pecados, de forma que não podiam provocar a ira divina.
Os sacrifícios de animais são descritos como "ordenanças carnais", isto é, são ritos que removeram contaminações do corpo e expiaram atos externos do pecado (Hb. 9.10), mas em si mesmos nenhuma virtude espiritual possuíam "...o sangue dos touros e bodes... santifica quanto à purificação da carne" (Hb. 9.13); isto é, fizeram expiação pelas contaminações que excluíam um israelita da comunhão na congregação de Israel. Por exemplo, se a pessoa se contaminasse fisicamente, seria considerada imunda e cortada da congregação de Israel até que se purificasse e oferecesse sacrifício (Lv. 5.1-6). Se ofendesse materialmente ser próximo, estaria sob a condenação até que trouxesse uma oferta pelo pecado (Lv. 6.1-7). No primeiro caso, o sacrifício purificava a contaminação carnal; no segundo, o sacrifício fazia expiação pelo ato externo, mas não mudava o coração.
A expiação de Cristo propõe a união do homem com Deus quando aquele se arrepende, se humilha e deixa seu pecado, aceitando a expiação como a bondade e o amor de Deus manifestos na morte de Seu Filho.
Essa morte (sacrifício), pelo derramamento do sangue de Jesus, nos purifica de todo o pecado, trazendo harmonia de relação com Deus através do perdão. Essa relação tem efeito de nos tornar templo do Espírito Santo.
Em João 14.17 está escrito que esse Espírito habita em nós.
Essa é a importância de darmos valor à morte de Cristo e darmos crédito à Palavra de Deus.

Jesus te ama!

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