quinta-feira, 18 de março de 2010

Lição 11 - Buscando o arrependimento

por Marili Salete*


“... Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mateus 4.17b)


Segundo o dicionário Teológico, arrependimento significa: compunção, contrição. Tristeza causada pela violação das leis divinas, pela qual o indivíduo é constrangido a voltar-se a Deus para implorar-lhe o imerecido favor.


O arrependimento se refere à mudança de atitude para com Deus; arrependimento resulta em mudança de rumo, ao invés de se encaminhar em direção ao pecado, encaminha-se na direção de Deus.


No Novo Testamento, é uma palavra que faz distinção entre a mudança de direção na vida em função da obediência (Lucas 3.8-9) e a mera observância de rituais na esperança de se escapar da punição.


A palavra “metanoeo”, do grego, significa “mudar de ideia” ou “arrepender-se” (Lucas 13.3). Foi este o tipo de arrependimento demonstrado pela mulher samaritana, que deu testemunho do que o Messias havia feito em sua vida (João 4.28-29). Já no caso de Judas (Mateus 27.3) a palavra grega ali é metamelomai, que significa sentir remorso, isto é, expressa pesar em relação ao modo como as coisas aconteceram.


No Antigo Testamento, ele é apresentado mais em termos coletivos do que individuais. As pessoas percebiam sua culpa mais como nação do que como indivíduo, o arrependimento era geralmente expresso mais no coletivo, como um ritual e não como confissão individual, e o juízo de Deus costumava afetar a nação inteira. Esse ritual de arrependimento podia ser facilmente distorcido, porque não correspondia a uma genuína transformação interior. Eles pecavam, se arrependiam, pecavam novamente, se arrependiam e assim viviam. Os profetas alertavam contra os perigos de um falso arrependimento, pois um simples ritual não pode substituir a determinação interior de mudar de vida. O abandono do pecado tem de ser acompanhado de atitude de voltar-se para o Senhor.


Para recebermos os dons de Deus, é preciso um arrependimento individual, com um coração contrito, pois só quando estamos dispostos a admitir que “não somos e não podemos” ser auto-suficientes é que nos tornamos capazes de receber Aquele que é tudo em todos.


O arrependimento deve ser um processo contínuo em nossas vidas. Na medida em que lamentamos os pecados cometidos contra um Deus santo, e isto diariamente, devemos tomar a decisão de mortificar nossa natureza pecaminosa, que é auto-suficiente, e dependermos inteiramente de Cristo e de sua obra feita na cruz. O verdadeiro arrependimento gera uma vida abundante em Cristo.


Embora o arrependimento não possa, por si só nos salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem ter a consciência de que a nossa salvação depende da nossa fé e de nosso arrependimento. A mensagem de João Batista (Mateus 3.2), de Jesus (Mateus 4.17) e dos apóstolos (Atos 2.38) era “ARREPENDEI-VOS”. Todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.


O arrependimento envolve as emoções e o intelecto, mas é a vontade que está mais profundamente envolvida. Deus não é como nós, que mudamos de opinião influenciados por caprichos ou argumentos. Porém, se formos obedientes, Ele se compadecerá de nós. Portanto devemos nos arrepender pela mudança da nossa vontade, nos entristecendo pela vida pecaminosa que tivemos, abraçando, alegremente, um futuro em Jesus Cristo (Filipenses 3.13-14).


DEUS OS ABENÇOE! BONS ESTUDOS!




*Marili é diaconisa na ADBrás em Jardim Helena e professora da classe Rosa de Saron da Escola Bíblica Dominical

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