sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Lição 10 - Jesus e os valores do sal e da luz

por Marili Salete*



SAL – do hebraico "mèlah" e do grego "halas". Ingrediente indispensável nos ofícios sagrados, era exigido em todos os sacrifícios no altar, conf. Levítico 2.13: “E toda a oferta dos teus manjares salgarás com sal do concerto do teu Deus: em toda a tua oferta oferecerás o sal”. Em Números 18.19: "Todas as ofertas sagradas, que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor, dei-as a ti, e a teus filhos e a tuas filhas contigo, por direito perpétuo: aliança perpétua de sal perante o Senhor é esta, para ti e para tua descendência contigo”. O sal representava a validade de um pacto, quanto à sua duração.


O sal, nos dias antigos era largamente usado como antisséptico porque eles não possuíam a variedade de antissépticos como temos hoje. Eles lançavam mão do sal como substância capaz de impedir, em certos casos, a proliferação de micróbios.


No Sul da Palestina são abundantes as rochas de sal nas margens do Mar Morto. É comum encontrarem-se blocos de sal que pesam muitos quilos na costa oriental do mar Morto.


Nos tempos de Jesus, o sal era grandemente valorizado na Palestina, e era indispensável para a preservação de alimentos.


Há vários simbolismos sobre o sal, mas o que vamos abordar nesta lição está em Mateus 5.13 “Vós sois o sal da terra...”. A ideia aqui é que o crente santificado deve possuir a realidade daquilo que professa, da mesma forma que o sal apresenta a propriedade que esperamos dele. O cloreto de sódio (sal), em estado puro não deteriora; mas, se for misturado com outros elementos, pode perder seu caráter distintivo e tornar-se inútil para qualquer coisa.


Há muitas pessoas que procedem mal e julgam que podem ser o sal da terra. Sal da terra, à luz da declaração de Jesus Cristo, são somente os homens honestos e retos cujos atos podem ser vistos e proclamados por todos, sem envergonhar seus autores. São aqueles cujas vidas inspiram para o bem e condenam os atos desonestos e impuros. O sal verdadeiro tem a função de salgar, de preservar e de evitar a corrupção. O sal que não impede a putrificação é sal insípido, é sal para ser jogado fora.


Vidas temperadas com sal da graça divina são mais desejáveis do que os apetitosos manjares condimentados com o sal extraídos das minas dos mares. A religião sem autenticidade dificilmente tem uso digno para os discípulos de Jesus ou para o mundo em geral.


Em Colossenses 4.6, Paulo diz que a conversa do cristão deve ser amável e prudente, temperada com sal, que é como o sabor e manifestação da graça sobrenatural, e não é reduzida a mero gracejo social.

Jesus afirmou em Mateus 5.14, que seus discípulos eram a luz do mundo.


A luz à semelhança do sal, deve ser útil. Deve brilhar livremente, sem qualquer empecilho.

Jesus, o Cristo “é a verdadeira luz” que “ilumina a todo homem” (João 1.9). Paulo diz que os crentes são “luzeiros” (Filipenses 2.15). Assim sendo, os crentes são reputados luzes porque participam da luz que vem da fonte luminosa, que é Cristo.


Os cristãos também são luzes que iluminam as trevas. Segundo os ensinos de Jesus, sem essa iluminação o mundo seria um lugar tenebroso. Os discípulos, pois, devem ser como uma “cidade edificada sobre os montes”. À noite, mesmo sendo uma luz fraca, deve ser visível de longe. Assim também deve ser os crentes, se tiver de ser uma luz brilhando nas trevas. Podemos dizer que a luz representa a justiça e a retidão, porque no versículo 16 diz que a nossa luz deve resplandecer diante dos homens para que vejam nossas boas obras e glorifiquem o Pai.


A luz do cristão deve ser constante como a luz da candeia, porque sem este tipo de luz não haveria luz no mundo, e nem mesmo na casa de Deus. A luz do crente são suas boas obras e essas boas obras redundam em glória a Deus. Remover a luz e, portanto, a glória de Deus, é algo seríssimo.


Deus Pai tem prazer nas boas obras de seus filhos, porque tais obras provam que os discípulos são filhos de Deus, revelando algo sobre a natureza de Deus.


Nos escritos judaicos, lemos estas palavras:

“Os israelitas disseram ao Santo e Bendito Deus: Tu mandas que acendamos lâmpadas para Ti; mas Tu és a Luz do Mundo e contigo mora a luz. O Santo Deus replicou: Não ordeno isto porque precise de luz, mas para que vós reflitais luz sobre mim, como eu tenho vos iluminado. Assim o povo poderá dizer: Eis como os israelitas O ilustram, isto é, Aquele que os ilumina à vista de toda a terra”.



Bons Estudos! Deus os abençoe!




*Marili é professora da classe Rosa de Saron da ADBrás em Jardim Helena

Um comentário:

Ribeiro disse...

Pela primeira vez na vida eu entendi de verdade por que somos o sal da terra, pra impedir que nasçam maus espirítos nela.