sábado, 18 de setembro de 2010

Lição 12 - O cristão e o relacionamento conjugal

por Marili Salete Furlan Claro*



“PORTANTO DEIXARÁ O VARÃO O SEU PAI E A SUA MÃE , E APEGAR-SE-Á À SUA MULHER, E SERÃO AMBOS UMA SÓ CARNE”. Gênesis 2.24.

O casamento é uma instituição constituída por Deus, e deve ser monogâmico, heterossexual, uma união completa de duas pessoas. Jesus nos diz em Marcos 10.7-9, que o casamento deve ser permanente.

Casamentos não são perfeitos. Casamentos são felizes ou não. Depende de como estamos desfrutando dos benefícios de nosso casamento.

O casamento é perfeito quando estabelece o compromisso de um homem com uma mulher por toda a vida.

Quando duas pessoas se casam, há uma aliança. E nesta aliança podemos ver três partes:
- deixar pai e mãe, uma referência à cerimônia de casamento;
- unir-se, sugere compromisso de fidelidade, num permanente relacionamento de amor, que ai crescendo com o passar do tempo;
- tornar-se uma só carne, fala da mais profunda e exclusiva intimidade.

Para que um casamento dure até que a morte os separe, é necessário certas atitudes por parte de cada cônjuge.

Em primeiro lugar vem o amor. O amor que une duas pessoas. Um amor sem cobranças. Um amor de renúncias, de cumplicidade.
Em segundo lugar, a confiança, a fidelidade a verdade.
E em seguida, o respeito mútuo e a submissão por parte da esposa, considerando seu esposo como o cabeça da mulher. Efésios 5.22-33.

Em contra partida podemos encontrar grandes inimigos do casamento.
A infidelidade, que é abominável para Deus. Jesus, em Mateus 5.32, abre uma exceção para o divórcio, declarando que o adultério é motivo suficiente para acabar com um casamento.
A mentira, mesmo as menores, vem do diabo, além do que ela desemboca fatalmente na desconfiança.
O ciúme, quando levado ao exagero, acaba com qualquer relacionamento, destrói o amor. Não podemos confundir ciúmes com zelo. O ciúme representa falta de confiança profunda, não apenas no outro, mas em si próprio.
A amargura, aquelas mágoas guardadas, reclamações que não acabam nunca. Em Provérbios 21.19 diz: “É melhor morar numa terra seca e deserta do que numa boa casa com uma mulher briguenta e implicante”.
A falta de tempo que os casais devem dedicar um ao outro.
A perda do espírito romântico. No começo do namoro o maior romantismo, quando passa o tempo vem a frieza e a indiferença.
O excesso de independência ou dependência excessiva.
O hábito de discutir é como praga, como vício. Procurar sempre dialogar no momento certo, com o assunto certo.
A incapacidade de perdoar. Sem perdão relação nenhuma a dois sobrevive.

Muito há que se falar sobre relacionamento conjugal, que escreveríamos páginas e páginas. O mais importante é convidar Jesus para fazer parte do nosso casamento, não são na festa, mas também nas adversidades.

BONS ESTUDOS! DEUS OS ABENÇOE!



*Marili é professora da classe Rosa de Saron na Escola Bíblica Dominical na ADBrás em Jardim Helena e atua como diaconisa no corpo de obreiros da igreja. É casada, tem dois filhos e três netos.

sábado, 11 de setembro de 2010

Lição 11 - O cristão e os diversos tipos de relacionamentos

por Gerson Tomé*



Somos a igreja de Jesus, e o que será que Jesus espera de nós?
Como deve ser o relacionamento da igreja com o mundo?
Na lição deste domingo estaremos focando este importante assunto.
Segue suplemento que poderá ser utilizado como material didático.


AS PRINCIPAIS MISSÕES DA IGREJA

1-Missão evangelizadora
Marcos 16.15
A igreja deve ser um hospital para doentes e não um museu para santos (Abigail Van Buren).

2-Missão integradora
Atos 2.38-42

3-Missão educadora
Mateus 28.19-20
Neste item podemos também destacar o discipulado que é um trabalho efetuado pelos membros da igreja.

4-Missão profética
I Pedro 2.9
A igreja é a voz de Deus para o mundo, pois é ela que proclama o reino de Deus a todas as gentes.

5- Missão ética da igreja
I Coríntios 10.32
Nosso comportamento deve ser um referencial de conduta para todas as instituições humanas existentes.

6- Missão social da igreja
Salmo 41.1
Como sabemos a fé sem obras é morta, mas fé e obra se complementam.
Ações como mutirão para doação de sangue, além da formação de Organizações Não Governamentais - as ONGs.

7- Missão auxiliadora (aconselhamento)
Colossences 3.16

8-Missão consoladora (visitação)
Tiago 1.27
Este trabalho requer pessoas bem preparadas, pois se trata de socorrer pessoas materialmente e espiritualmente, encorajamento, consola etc.
É uma missão de consolidar a fé em Cristo.

9-Missão conservadora
I Timóteo 4.16
A igreja é a única instituição que preserva a verdade de Deus, defendendo a sãs doutrinas combatendo as heresias diabólicas.

10- Missão dinâmica
I Tessalonissences 1.5
Quando a igreja é dinâmica os crentes são conduzidos a produzir muitos frutos através do seus diversos relacionamentos cotidiano.



*Gerson é professor da classe Ministério na Escola Bíblica Dominical na ADBrás em Jardim Helena e atua como presbítero no corpo de obreiros da igreja. É casado e pai de três filhos.

sábado, 4 de setembro de 2010

Lição 10 - O cristão e o relacionamento com a melhor idade

por Jair Pereira dos Santos*



“Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação”. Salmo 91.16

Ensinar a igreja a tratar os anciãos com honra, respeito e amor
“Tinha Moisés a idade de cento e vinte anos quando morreu; não se lhe escureceram os olhos, nem se lhe abateu o vigoDeuteronômio 34.7.
“Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era minha fora naquele dia, tal ainda agora para o combate tanto para sair a ele como para voltar”, disse Calebe em Josué 14.11.
Para experimentarmos a presença de Deus precisamos buscar a Ele e a sua vontade todo o tempo. “Bem aventurado o homem cuja força está em Ti, em cujo coração está os caminhos aplanados” Salmos 84.5.

Uma aliança incondicional
“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” Gênensis 12.3. A aliança de Deus com Abraão foi incondicional, dependendo totalmente de Deus, o qual, em Graça, obrigou-se a si mesmo a cumpri-la.
O caráter incondicional da aliança com Abraão é visto, nas declarações de Deus feitas no futuro do indicativo (Gênesis 12.2-3), sem o correspondente ‘e você deve’ direcionado a Abraão. Esta aliança foi apresentada em linhas gerais em Gênesis 13.1-3 e foi confirmada mais tarde a Abraão em diversas ocasiões, cada vez mais rica em detalhes (Gênesis 13.14-17; 15.1-7, 18-21; 17.1-8).
A aliança com Abraão continha o que Deus já havia começado a fazer, o que fez e continuará fazendo. Todos os planos divinos para a humanidade partem desta aliança.
“Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra” Gênesis 15.7.

A velhice na perspectiva bíblica
Na perspectiva bíblica, a velhice é um período da vida tão importante quanto qualquer outro.
Mesmo no mundo absurdo que vivemos temos a alegria de sermos portadores da mensagem que pode mudar situações. A espiritualidade integral sabe que nada pode nos separar do amor de Deus (Romanos 8.31-35).
O salmista não faz apologias. Ele escreveu: “Um dia em teus átrios vale mais que mil noutro lugar. Prefiro estar à porta da caso do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade”. (Salmo 84.10)

Proporciona sábios conselhos
A característica marcante de qualquer ancião são seus preciosos conselhos e lições de vida. É lamentável o desrespeito dispensado aos idosos na sociedade, até mesmo dentro da família ou por quem deveria cuidar deles.
O lar é o lugar onde nossa intimidade está nua. É, portanto, onde precisamos abraçar aos ângulos mais profundos da vida cristã genuína. O lar do cristão precisa falar de Jesus por si só; na verdade, é um privilégio termos a oportunidade de levar Jesus para casa.

Período de frutificação
A Bíblia ensina que a velhice é um período de frutificação (Salmo 92.14; Joel 2.28). Não pode ser encarado como pesadelo, medo, lamento e fúria, mas como uma época produtiva, com a bênção de Deus.
“E até a velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs eu vos carregarei; Eu vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei e vos guardarei (livrarei)” Isaías 46.4.
“Não edificarão para que outros nelas habitem, nem plantarão para que outros comam; porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até a velhice” Isaías 65.22.

O drama das enfermidades físicas
“Sendo o rei Davi já velho e entrado em dias, envolviam-no com roupas, porém não se aquecia. Então, lhe disseram os seus servos: Procure-se para o rei, nosso senhor, uma jovem donzela, que esteja perante o rei, e tenha cuidado dele, e durma nos seus braços para que o rei, nosso senhor, se aqueça” I Reis 1.1,2.

Ana, a profetiza avivada
Ana, a profetiza de quase 84 anos, na sua velhice dedicou-se constantemente ao Senhor no templo (Lucas .36-38).
Ana é modelo de vida para nós. Ao compor o seu cântico de louvor, ela incluiu a primeira menção ao Rei ungido (I Samuel 2.10), o que se referia ao Salvador definitivo que, na cruz, quebraria em pedaços o poder do diabo. Na verdade, seu filho Samuel, iria ungir Davi, a pessoas que deu início a linhagem real do Messias que viria.

A igreja e seu relacionamento com a melhor idade
Chegar à terceira idade não é um problema, mas uma dádiva de Deus. A igreja precisa estar preparada para atender aos anciãos que alcançaram essa gloriosa fase de vida.

Sua formosura (Deuteronômio 32.10)
“Achou-o numa terra deserta, num ermo solitário cheio de uivos. Rodeou-o, instruiu-o, guardou-o como a menina dos seus olhos. E serás uma coroa de glória na mão do Senhor, e um diadema real na mão do teu Deus” Isaías 62.3.

Integrando o idoso no Corpo de Cristo
A impressão que os idosos têm é que, depois que se aposentam. não servem mais. A igreja não pode ter essa opinião, é preciso que os irmãos os façam sentir-se incluídos e integrantes no Corpo de Cristo.
“E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve”. Malaquias 3.17
“Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apresentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue” Atos 20.28.

Honrando a biografia
Não há nada melhor para um ancião do que ser honrado por sua biografia, fé, testemunho e confiança em Deus. (Levítico 9.32; I Pedro 5.5)
“Exaltem-no na congregação do povo, e glorifiquem-no na assembleia dos anciãos” Salmo 197. 32.
“Ó, Senhor, Tu é o meu Deus; exaltar-te-ei, e louvarei o teu nome, porque fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza” Isaías 25.1.

Amando sinceramente os anciãos (I Timóteo 5.1)
Precisam de ouvintes, pois vão chegando à velhice, vão se acabando os espectadores e as visitas. E, também, faço esta oração: “E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo conhecimento. Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus” Filipenses 1.9-11.

Conclusão
Conforme vimos, a velhice é uma etapa importantíssima na vida, tanto quanto qualquer outra ou até pode ser considerada a mais importante por ser a última. Nas bodas de Cana, em João 2, Jesus realiza o seu primeiro milagre, que aponta para a graça que vem para dar sabor à vida. As talhas que foram usadas na transformação da água em vinho eram usadas nas cerimônias de purificação dos judeus. Eram elementos religiosos, presença religiosa vazia, sem conteúdo. Jesus vem e coloca sabor na água, Ele aponta para uma realidade maior: uma religiosidade sem conteúdo, sem sabor, sem alegria (vinho era símbolo de alegria), agora é visitada pelo Deus da dança, recebe o abraço da graça, abre as portas da comunhão aos que vivem a dor de uma vida vazia. A bíblia aponta a longevidade como uma recompensa a fidelidade de Deus.
Celebre ao Senhor neste período da festa ‘do vinho bom’, aproveitando seus dias com alegria e temor ao Senhor. Jesus viveu por seus discípulos na atualidade, como disse o apóstolo Paulo: “Tudo o que fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando-o por Ele graças ao Pai” Colossenses 3.17.
Uma pergunta antiga ainda é muito atual e intrigante: “Quem é pior, a criança que tem medo do escuro ou o adulto idoso que tem medo da luz”? É quando compreendermos plenamente o mistério do Deus que vive conosco e a certeza de que nos braços do Pai sempre há acolhida, afeto e vida, Jesus chama de mais felizes da face da terra.



*Jair é frequentador assíduo da Escola Bíblica Dominical da ADBrás em Jardim Helena e atua como presbítero no corpo de obreiros. Tem quatro filhos e dez netos.