quarta-feira, 31 de março de 2010

Chamados para entrar na história e fazê-la acontecer

por Evangelista Elias Lopes*



Juízes 5:32-6:1

A história do período dos juízes é marcada por algumas características que marcaram aqueles dias, sobretudo pela inconstância espiritual das tribos de Israel e a disciplina do Senhor.

Com eram aqueles dias? Deixemos que a própria Bíblia nos diga.


Aqueles dias eram dias de superficialidade espiritual.

Este período foi marcado por uma manifestação de superficialidade espiritual por parte de todo o Israel.

A história deste período nos diz que com a morte de Josué e dos anciãos uma nova geração se levantou, que não conhecia ao Senhor.


Veja Juízes 2:10: "E foi congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera em Israel."


Aqueles dias eram dias de apostasia

A cada vitória obtida seguia um período de relativa paz, que por sua vez era substituído por outro de apostasia.


"E, quando o senhor lhes levantava juízes, o senhor era com o juiz, e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias daquele juiz; porquanto o Senhor se compadecia deles pelo seu gemido, por causa dos que o oprimiam e afligiam. Porém sucedia que, falecendo o juiz, reincidiam e se corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses, servindo-os, e adorando-os; nada deixavam das suas obras, nem do seu obstinado caminho." (Juízes 2:18-19)


Aqueles dias eram dias de disciplina corretiva

Com a superficialidade e apostasia Deus teria que usar um expediente que fizesse com que o povo retornasse para ele. Para isso o Senhor permite que nações inimigas ficasse na terra para que por elas o povo que não conhecia ao Senhor tivesse a sua consciência despertada e aprendesse não somente a guerra, mas sobre tudo os mandamentos do Senhor.


"Estes, pois ficaram, para por eles provar a Israel, para saber se dariam ouvido aos mandamentos do Senhor..." (Juízes 3:1,4)

Este é o cenário do período de Gideão, superficialidade, apostasia e disciplina por parte do Senhor.

Neste cenário perturbador é que um homem é levantado para cumprir com o seu papel na história, Chegou a sua vez de fazer a diferença entre aqueles que nasceram para brilhar com a luz do sol ao levantar pela manhã.


Deus sempre em meio ás trevas da mornidão espiritual de seus filhos, ao aumento da iniquidade do mundo pagão, entre a apostasia de uns e o clamor de outros, Deus sempre levantará homens e mulheres para transformar aquele cenário.


Que são estes homens?

Homens que foram encontrados por Deus

A semelhança de Gideão são aqueles que cultivam uma experiência própria de encontro com Deus.

O cenário de Gideão é o cenário de toda a nação. Por todo lado há destruição , pilhagem, crime, pobreza (Juízes 6:4-6). A situação espiritual não é menos caótica, A palavra do Senhor é enviada a eles para os repreender como respostas de seu clamor por livramento (Juízes 6:7-10).


Nestas circunstâncias Deus manifesta-se a Gideão (Jz 6:12). Num momento inesperado por ele, Deus de repente lhe aparece e lhe faz um chamado radical que o faria entrar para a galeria dos heróis da fé (Hebreus 11:32).


Deus certamente busca em nossos dias homens e mulheres que possam ser usados para fazer a diferença. Estes homens e essas mulheres serão aqueles que tiveram uma experiência pessoal com Deus que impactou as suas vidas, como Paulo, Lutero, John Wesley e Reinhard Bonkie.


Leia as biografias destes e de outros e você verá eles um dia, num momento inesperado tiveram suas vidas radicalmente mudadas por um encontro com Deus, e não somente o encontro, mas depois dele passaram a cultivam sua espiritualidade em plena comunhão com o seu Senhor.


Homens que aprendem com suas fraquezas

Estes homens a semelhança do que foi Gideão, aprenderam com suas próprias limitações (Juízes 6:15).

Estes heróis não tão heróis assim, nos ensinam que Deus usa vasos de barros para que a excelência do poder seja de Deus e não do ser humano.


É fragrante as fraquezas do caráter, os pecados, as decisões erradas, as limitações da saúde e tantas outras limitações comum ao ser nestes homens que só Deus pode usar.


Quem de nós escolheria um adúltero como Davi, um dissimulado como Pedro, um sanguineo como Paulo, gente exaltada como Tiago e João, isto para não falar do próprio Gideão, que no final de sua vida faz uma veste sacerdotal - que era própria apenas do sacerdote e que acaba virando objeto de adoração e de tropeço para a Israel e sua própria casa.


Quem são estes homens a quem Deus escolhe? Pessoas que, como eu e você, sabem render a Ele toda a glória, pois sem Ele nada podemos fazer.


Homens de Ação

Ainda penso que os homens para este momento serão aqueles que passam da teoria para a prática, da inércia para a ação, do anonimato para a vitrine (Juízes 6:25).


Naturalmente o modo de se expor, se por a sua reputação em risco, coisa comum do gênero humano fica evidente nesta passagem, mas desde muito eu aprendi que se há uma maneira de ser feliz, é fazendo a vontade de Deus.


Não só Gideão correu este risco, mas todos os homens de Deus, todos nós que somos filhos Dele, somos chamados para brilhar com luzeiros deste mundo, como agente de transformação desta sociedade e da própria vida da igreja.


Que todos sabiam que em Israel há profeta. Mesmo que custe alguma coisa para nós outros, mas antes agradar a Deus, que nos chama para fazer parte da história, do que ficar encaramujado olhando apaticamente a deterioração do mundo e a apatia de muitos na igreja.


Quem são estes homens? São aqueles que tornam manchetes nas rodas ou "salas" de bate-papo.

- Quem derrubou o carvalho de Baal?

- Você não sabe? Gideão (Juízes 6:29)


Acabou-se aqui o anonimato de Gideão e começou uma longa caminhada no centro da vontade de Deus.

Certamente este é o nosso momento, ou entraremos para a história da igreja como uma geração que faz a diferença ou seremos esquecidos e iremos embora sem deixar saudades.


Deus ainda procura homens como Gideão, para contribuir com a edificação do seu reino.

Poderá porventura Ele contar contigo?

A história de Israel nos serve de modelo e de advertência (I Coríntios 10:11) para que não cometamos os mesmos erros que eles, mas que também façamos parte de uma história maravilhosa como aqueles que entram nela chamados por Deus para fazer a diferença.


Que Deus use toda a sua vida em todo o tempo para toda a boa obra.



* Elias Lopes Fernandes é evangelista na Assembléia de Deus - ministério Belém, em São Paulo. Graduado em teologia pelo SBTNET(Seminário Teológico Batista Nacional Enéas Tognini)/Mackenzie, onde é professor. Leciona também na Faesp (Faculdade Evangélica de São Paulo), autor do livro Vida Cristã Abundante. Casado com Mônica e pai de Isabela e João Vitor. Conheça mais sobre seu ministério em seu blog www.vidacristaabundante.blogspot.com

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