segunda-feira, 18 de maio de 2009

Comentários à lição 08 (08209)

Cristo é a essência do Evangelho


Por Gabriel Raso
Professor da Classe Unidos em Cristo


Vivemos hoje um evangelho desequilibrado: alguns são extremistas e outros liberais.

Cristo é liberdade, porque ele dá o livre-arbítrio.

Nós temos que ser extremistas com o pecado e não com o pecador. Alguns querem obedecer, mas não querem amar; e outros querem amar, mas não querem obedecer. Então, temos um desequilíbrio.

No Antigo Testamento as pessoas eram obrigadas a cumprir a Lei, senão teriam privações. Hoje, ninguém obriga ninguém! Nem Cristo obriga você a servi-Lo.

Alguns acham que chegarão a Cristo através de um bom comportamento. Cristo é amor!

Amados irmãos, se tivermos um bom comportamento antes do sentimento nos tornaremos soberbos como eram os escribas e fariseus. Devemos ser como Jesus Cristo, que por amor renunciou Seu trono de glória para morrer por mim e por você!

Se Jesus Cristo viesse apenas para cumprir a Lei, seria pouco. Jesus Cristo teve amor, ou seja, sentimento, e depois bom comportamento. Teve humildade para reconhecer que o homem não é nada e Deus é tudo! E através dEle podemos vencer o pecado.

O homem só pode vencer o pecado colocando em prática os dois mandamentos que Jesus nos deixou: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Só acreditar ou achar que tem fé não basta! A prática do amor é fundamental.

Para o homem ser uma nova criatura, ele tem que amar sem nada esperar em troca, e não como as entidades por aí, que amam esperando o reconhecimento dos outros.

Os escribas e fariseus eram assim, gostavam de ser reconhecidos, mas nós temos que buscar ter a mente de Cristo, amar naturalmente.

A Lei nos ensinou a obedecer, Cristo nos ensina a amar!

Jesus Cristo não somente tem amor, Jesus Cristo é amor!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Comentários à lição 07 (07209)


O ARGUMENTO IRREFUTÁVEL DE PAULO SOBRE A GRAÇA


Por Nilton Dutra
Professor convidado da EBD


“...é porventura CRISTO, ministro do pecado?” (Gl. 2:17)

O contexto onde essa indagação está inserida mostra a dificuldade que alguns cristãos judeus, incluindo o Apóstolo Pedro, enfrentavam em assimilar com propriedade a obra vicária de CRISTO na cruz do calvário.

Aqueles que pela fé aceitaram a justificação, agora viam-se na necessidade de fazer algo mais para agradar a DEUS.

Paulo argumenta que a Lei serviu para conduzir o homem a CRISTO, pois era impossível agradar a DEUS observando a Lei. Cada ato humano tinha uma figura de transgressão. “... que é a obediência à lei, e não a desobediência, que lhe mostra que é transgressor.” [1].

Seria como alguém que procura por todos os meios observar normas, regulamentos, leis, decretos, etc..., e a cada dia descobre que são inúmeros, e sempre haverá um que não observou, e transgrediu, constituindo-se, pois, culpado pela transgressão deste.

Paulo, assim como Pedro, havia entendido o sacrifício na cruz. Mas, no contexto de Atos 15, notamos que Pedro, tentando agradar aos cristãos judeus, afastou-se dos cristãos gentios, numa clara demonstração de hipocrisia, como se estes ainda estivessem em pecado por não observar a Lei como aqueles. Eis o cerne da questão, que numa evolução abrupta, explode numa pergunta crucial: “...é porventura CRISTO, ministro do pecado?”. Se CRISTO morreu porque não podíamos satisfazer a vontade de DEUS pelo cumprimento da Lei (nomos = obras humas [2]), certamente o fez debalde (Gl. 2:21). Resta assim um paradoxo: aceitar a justificação pela fé e ao mesmo tempo observar e cumprir a Lei.

E aí surge outra questão: “Será que há algo mais que possamos fazer, além do que CRISTO fez por nós, para agradarmos a DEUS?”. Pela Lei, só se morrêssemos!! Por isso Paulo alça sua voz com veemência e diz: “Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para DEUS” (Gl. 2:19). E completa: “Já estou crucificado com CRISTO; e vivo, não mais eu, mas CRISTO vive em mim...” (Gls. 2:20) Aleluia!!! Como é bom compreender o que é graça!! É como adquirir algo caríssimo, cujo preço, ainda que déssemos nossas vidas em troca, não poderíamos comprar. Mas CRISTO, o “Grande AMOR de DEUS encarnado” (Jo. 3;16), pagou o preço, e nos presenteou com essa dádiva, de GRAÇA!!

O nosso desejo é que o estudante da Palavra de DEUS assimile um pouco mais sobre tão importante assunto e, dessa forma, encontre alívio em saber que o preço de nossa redenção foi pago por CRISTO, de GRAÇA, por AMOR.

Joseph Agar Beet compara a Lei como um andaime que é erguido para ajudar a construir uma estrutura permanente. No edifício da vida cristã, o andaime temporário do dever (cumprir a Lei) tem de dar lugar à estrutura permanente do amor. [3].

Que a graça de CRISTO permaneça com Sua Igreja.

Bom estudo.

Bibliografia:
[1] BEACON. Comentário Bíblico, vol. 9, 1ª ed., CPAD. 2006
[2] idem.
[3] ibidem.